Economia Negócios
Cresce participação das mulheres no franchising
Em se tratando de franquias, as mulheres também estão aumentando sua participação, tanto como colaboradoras quanto como franqueadas. Um estudo da A...
14/11/2025 11h36
Por: Redação Fonte: Agência Dino

Dia 19 de novembro é o Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino. Segundo pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em 2024, havia 10,35 milhões de mulheres empreendendo no Brasil, o que corresponde a 34,08% do total. Elas atuam principalmente no setor de serviços, com 58,81%, seguido de comércio (25,14%) e indústria (5,45%). As mulheres geram empregos: 72,43% delas têm entre um e cinco empregados, enquanto 12,66% garantem a vaga de emprego para seis a dez pessoas por empresa e 11,22% empregam de 11 a 50 pessoas.

Em se tratando de franquias, as mulheres também estão aumentando sua participação, tanto como colaboradoras quanto como franqueadas. Um estudo da Associação Brasileira de Franchising (ABF) aponta que as mulheres passaram a ser maioria nas unidades franqueadas, elevando a fatia de 48% para 51% no ano passado. E na liderança dessas operações franqueadas, identificou-se que três em cada dez gestores (32,2%) são mulheres.

E elas estão nas mais variadas áreas. Beatriz Giordano Machini, de 40 anos, nunca se imaginou cozinhando, ainda mais profissionalmente. Na pandemia, entretanto, ela decidiu empreender e conheceu a Mineiro Delivery, uma rede que oferece comida brasileira na caixinha. A ideia de empreendimento era, a princípio, para complementar renda — mas o negócio virou a principal fonte de renda para sua família, composta por quatro pessoas. E a empreendedora assumiu o fogão até que, no começo de 2025, a franqueadora mudou a operação da franquia, passando a oferecer os pratos que ela precisava cozinhar agora congelados. Com mais tempo, a franqueada abrirá sua segunda loja, também em São Paulo (SP).

Também empreendendo por necessidade, Sueli Mello, uma profissional experiente, pausou sua carreira por dez anos para cuidar do filho, sem rede de apoio. Ao tentar retornar ao mercado após os 50 anos, enfrentou dificuldades em ser recolocada. Incentivada pela família, buscou alternativas, mas não se adaptou à corretagem de imóveis. Em uma feira de franquias, Sueli e o marido se encantaram pela marca Lebriju, de bijuterias. Com apoio familiar e identificação com o segmento, adquiriram um quiosque no Shopping Paulista. Sueli enfatiza que empreendeu por necessidade, buscando sucesso e prosperidade. Seu objetivo é fazer o negócio lucrativo e projeta a possibilidade de futuras expansões com a marca.

Mesmo mulheres que já têm uma profissão de sucesso podem empreender. Ana Carolina da Silva Alves, cirurgiã geral e médica intensivista de 43 anos, inovou sua carreira ao se tornar franqueada da Barbearia Black Zone no Tatuapé, bairro da capital paulista. Cativada pelo ambiente que conheceu acompanhando o filho, ela viu no negócio consolidado uma oportunidade de empreender fora da medicina. Apesar do desafio inicial de conciliar as rotinas, Ana Carolina alcançou equilíbrio e implementa uma "gestão com propósito", priorizando o bem-estar da equipe e o atendimento inclusivo.

Cristiane Rossi, aos 44 anos, também se sente realizada com o empreendedorismo. Formada em Fisioterapia, a moradora de Florianópolis (SC) conheceu a rede de clínicas de reabilitação de coluna vertebral e hérnia de disco Doutor Hérnia por intermédio de seu professor, André Pêgas, sócio-fundador da marca. Confiando na metodologia apresentada pela Doutor Hérnia, ela comprou a primeira franquia com o apoio dos pais — e o negócio deu tão certo que muitos dos seus familiares viraram franqueados, somando mais de 30 unidades da rede. "Eu tenho sete clínicas e acabei incentivando meus pais e meus primos a também se tornarem franqueados", conta.

Do outro lado do Brasil, Juliana Ribeiro, empreendedora de Vilhena (RO), reergueu uma franquia de repasse. Ela adquiriu, em 2022, uma loja da Dr. Shape, rede especializada em suplementos alimentares e artigos esportivos. Enfrentando baixo estoque e clientes insatisfeitos, a franqueada dedicou-se intensamente ao negócio. Juliana investiu em produtos, reconquistou a clientela, estabeleceu parcerias estratégicas e participou de treinamentos. Graças à sua proatividade, a loja se expandiu, exigindo uma equipe maior e uma mudança para um espaço três vezes maior, estrategicamente ao lado da maior academia local. Atualmente, seu empreendimento atingiu o retorno do investimento, o que dá a ela fôlego para pensar na segunda unidade, em breve.