Parceria da Seap-PB com SENAI/SESI oferta cursos de Confeitaria e Pintura a reeducandos em João Pessoa

Cursos de Confeitaria e Pintura de Obras serão ministrados nas Penitenciárias Júlia Maranhão e Sílvio Porto, em João Pessoa. A qualificação profissional vai ser ofertada a 32 reeducandas da unidade prisional feminina Júlia Maranhão e a 40 reeducandos da Penitenciária Sílvio Porto.

A capacitação é resultado de parceria firmada entre a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária da Paraíba (Seap-PB), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e o Serviço Social da Indústria (SESI).

Na Penitenciária Feminina Júlia Maranhão as aulas do curso de Confeitaria serão ministradas em uma escola móvel do SENAIS instalada em carreta, com duas turmas de 16 alunas, nos turnos da manhã e tarde.

No Sílvio Porto a capacitação será ofertada em uma das salas de aula da unidade. Os dois cursos têm duração de 160 horas/aula e começam agora em novembro.

Na penitenciária Júlia Maranhão a equipe do SENAI, acompanhada pela pedagoga da Gerência Executiva de Ressocialização, Samaia Belo, foi recepcionada pela nova diretora da unidade prisional, policial penal Tatiana Pimentel. No Sílvio Porto a conversação foi com os diretores Gilberto Rio e Sérgio Souza.

Tatiana Pimentel, polícia penal e nova diretora da Penitenciária Feminina Júlia Maranhão, avalia: “Essa parceria tem uma relevância muito grande no processo de ressocialização para as apenadas do sistema penitenciário, vem fortalecer a política de reinserção social de pessoas em privação de liberdade que essa gestão promove dentro do sistema penitenciário paraibano. Então, é mais uma oportunidade que a Seap, na gestão do secretário João Alves, oferece por meio desse convênio com o SENAI”.

Para terem acesso ao curso a reeducandas necessitam estar matriculadas no curso de Educação de Jovens e Adultos – EJA – Educação.

A cooperação entre SENAI/PB, SESI/DR-PB e SEAP/PB é um exemplo inspirador de como a parceria entre instituições pode gerar impacto positivo na vida das pessoas. A oferta de oportunidades de formação profissional e educacional para a população privada de liberdade é um passo fundamental para promover a reinserção social e contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.

Segundo Samaia Belo, pedagoga da Gerência Executiva de Ressocialização (GER), "A visita técnica às unidades prisionais é um testemunho do compromisso dessas instituições em trabalhar juntas para transformar vidas. É incrível ver como a educação e a formação profissional podem abrir portas e criar oportunidades, mesmo em contextos desafiadores. Essa iniciativa é um exemplo de como a colaboração e o investimento em educação podem gerar resultados positivos e inspiradores”.

Sobre o Curso de Pintor de Obras na Penitenciária Sílvio Porto, o diretor-adjunto, Sérgio Souza, ressalta que a iniciativa representa mais um passo no compromisso com a reintegração social por meio da educação profissional e do trabalho. “Acreditamos que oferecer oportunidades de qualificação é uma das formas mais efetivas de promover a verdadeira ressocialização. O conhecimento adquirido durante o curso amplia as perspectivas de futuro dos participantes, fortalecendo sua autoestima e preparando-os para o retorno à sociedade”, pontuou o gestor, acrescentando que, “essa parceria demonstra que, quando o poder público e as instituições formadoras se unem, é possível transformar realidades e oferecer novas oportunidades a quem busca recomeçar”.

O curso, ministrado por instrutores do SESI/SENAI, aborda conteúdos teóricos e práticos sobre técnicas de pintura, preparação de superfícies, uso de materiais e segurança no trabalho. Além da capacitação profissional, a atividade contribui para a melhoria dos espaços internos da unidade, promovendo também o senso de responsabilidade e cooperação entre os participantes.

A equipe visitante foi liderada pelo gerente executivo de Educação do SENAI Paraíba, Clécio Veras. Ele destacou que as reeducandas do Júlia Maranhão, além de aprender uma profissão estarão aptas a se tornarem empreendedoras, abrirem seu próprio negócio, ou conseguir emprego como confeiteiras. Oportunidades também terão os quarenta reeducandos da Penitenciária Sílvio Porto.

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Ascom/Seap-PB

Texto:Josélio Carneiro de Araújo

Fotos:Wanildo Martins